Trabalhar no centro é no mínimo engraçado,
o que tem de louco aqui é uma mentira. Tem um tiozinho quase folclórico que se instala todos os dias entre municipal e as Casas
Bahia põe umas bandeiras comunas (algumas com folhas de maconha desenhadas) e fica pregando a revolução e talicoisa. Tinha uma simpatia com o cara, principalmente porque de vez em quando se instalavam uns crentes perto dele com um tecladinho gorduroso pra arrancar grana da moçada e ele esculachava com o pastor, ficavam batendo boca (um de megafone o outro de microfone) as vezes bem uns 30 minutos.
Pois bem, um dia por estar de bobeira fiquei escutando seus impropérios por uns 3 minutos,
não lembro direito qual era o tema do dia, mas ele falava sobre as Casas Bahia, e de como ela explorava os funcionários, os pobres, e que o dono não era baiano, etc,etc. Até aí tava legal, mas daí o cara começou a descer.
" Pq o xxxx Klein que é o dono, é um grande fiádaputa, judeu fiádaputa que veio pra cá explorar o brasil, que fugiu da luta na Europa, judeu fujão fiádaputa"
aí zoou daí pra frente num deu mais pra ouvir.
Aí hoje, tô passando por lá e fiquei ouvindo ele falar que o Governo Brasileiro fazia controle de natalidade para evitar a revolução, e que se fossemos
200 milhões o Brasil iria mudar, os pobres se levantariam contra os ricos e bla blá blá.
Vamo e convenhamo, apesar de ser conspiratória e completamente questionável a teoria do cara não é das mais loucas,
mas aí o mano não parou, cruzou a linha tênue mais uma vez."mocinhaaaaa, você que está em idade fértil, começe a dar mais pra ter filhos"
"rapaaaazzz, você que anda aí a ponto de bala, pare de usar camisinha e semeie(sic) geral aí , a vontade"
"ajudem a revolução"
devagar eu vou descrevendo todos os personagens se pá até conto a história do crente que gritava na Pça Patriarca que a Marta Suplicy era lésbica e comia cadáver! mas