Não se pode desconjuminar ninguém.

13 novembro 2007

Encaixotando Helena ou desmascarando Skaf!

Queria muito ter tido tempo para escrever um texto sobre o porquê sou a favor da CPMF, ou melhor, porque sou contra a campanha contra a CPMF. Porém, por motivos de falta de tempo reproduzo o que eu gostaria de ter falado na cara do Paulo Skaf, presidente da FIESP e não tive oportunidade, mas que o Adib JaTÊVE Jatene teve!

Reproduzo parte da coluna da Mônica Bergamo com o diálogo impagável protagonizado em um jantar realizado para levantar fundos para o Incor.

Dedo em riste, falando alto, o cardiologista Adib Jatene, "pai" da CPMF e um dos maiores defensores da contribuição, diz a Paulo Skaf, presidente da Fiesp e que defende o fim do imposto: "No dia em que a riqueza e a herança forem taxadas, nós concordamos com o fim da CPMF. Enquanto vocês não toparem, não concordamos. Os ricos não pagam imposto e por isso o Brasil é tão desigual. Têm que pagar! Os ricos têm que pagar para distribuir renda".


Numa das rodas formadas no jantar beneficente para arrecadar fundos para o Incor, no restaurante A Figueira Rubaiyat, Skaf, cercado por médicos e políticos do PT que apóiam o imposto do cheque, tenta rebater: "Mas, doutor Jatene, a carga no Brasil é muito alta!". E Jatene: "Não é, não! É baixa. Têm que pagar mais". Skaf continua: "A CPMF foi criada para financiar a saúde e o governo tirou o dinheiro da saúde. O senhor não se sente enganado?". E Jatene: "Eu, não! Por que vocês não combatem a Cofins (contribuição para financiamento da seguridade social), que tem alíquota de 9% e arrecada R$ 100 bilhões? A CPMF tem alíquiota de 0,38% e arrecada só R$ 30 bilhões". Skaf diz: "A Cofins não está em pauta. O que está em discussão é a CPMF". "É que a CPMF não dá para sonegar!", diz Jatene.

Ilustrada -Folha de São Paulo, 13/11/2007

06 novembro 2007

Morar no centro



A primeira vez que tive esta vontade foi quando visitei um Museu da FAAP no Edifício Lutetia, no meio do meu horário de almoço não sabia muito bem o que iria encontrar. Na época o museu ainda não estava bem pronto, e vários andares ainda não estavam preparados para receber exposições, a partir daí, os caras abriram alguns andares para que arquitetos decorassem apartamentos tipo loft, com móveis da moda, equipamentos de última, gastos sem miséria e para melhorar uma puta vista para a praça patriarca. Saí dali pirando com a idéia de tomar café olhando para aquela vista. Vim descobrir depois que o edifício era um projeto do Ramos de Azevedo.


Folheando burocraticamente um clipping que recebo diariamente no trampo, vi uma matéria fantástica do Estado (caderno metrópole de sábado 03-11-07) sobre moradia no centro, sobre um prédio, também do Ramos de Azevedo, que foi comprado por um grupo de empreendedores que começou a reformar e vender os apartamentos, 26 ao total. O edifício que fica na São João (naquela área de calçadão, bem próxima ao anhangabaú) é um tesão. Não tão atraente o preço é de R$ 2 mil por metro quadrado, o que não chega a ser um absurdo, mas claramente além das minhas capacidades.


Passo no lugar todo dia, mas tenho até medo de visitar o apê decorado e não querer sair mais do lugar.


O fato é que o sonho de morar no centro não será assim tão luxuoso, mas está bem próximo de se tornar realidade com todas as vantagens e problemas disto (que ficarão para outro texto).

****************************

PS: ao pessoal que tem entrado, peço desculpas pela falta de atualização. Para os que não sabem, voltei a ser vestibulando e o trampo continua vida-loka, o que me rendeu nos últimos tempos nenhuma grana a mais e uma gastrite para tratar.