Não se pode desconjuminar ninguém.

03 outubro 2006

Eleições 2006

Pincei duas matérias da Folha, a primeira publicada ontem no caderno principal,
a segunda publicada hoje que trazem algumas opiniões e sentimentos dos quais eu compartilho.


FSP-03/10/2006 - entrevista completa (só para assinantes)
FOLHA - A não-eleição da maioria dos sanguessugas é uma vitória?
GABEIRA - Isso é bom, é positivo, e simplifica o trabalho da comissão. Ela tenderá a se preocupar menos com punir aquele deputado que não tem mais mandato e deixar que a própria Justiça se encarregue disso. No entanto, há outros problemas, como um chamado Maluf, que tem um processo na Justiça. É constrangedor, porque você está expulsando deputados que receberam R$ 15 mil, R$ 20 mil, e entra como mais votado pela outra porta um acusado de desviar US$ 260 milhões.

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Coluna de Fernando de Barros e Silva - FSP (Opinião) - 02/10/2006


País dividido


SÃO PAULO - Por batida que seja, a imagem do tiro no pé é a mais branda que ocorre para ilustrar o que a campanha de Lula fez com o candidato Lula -pondo em alto risco uma reeleição que era certa. O presidente sobreviveu ao mensalão, sobreviveu à derrocada de seus principais auxiliares e parecia incólume às investidas da oposição até meados da semana passada.
A maioria pobre do país mantinha-se firme na decisão de reelegê-lo. Não foi o suposto "golpismo" da oposição, não foram tampouco a "mídia antipetista" ou a "conspiração das elites" -quem derrubou Lula na véspera da eleição foram eles: os "bons companheiros".
O partido e o aparato petista no poder entenderam os sucessivos votos de confiança dados a Lula como carta branca às mesmas práticas que haviam jogado o governo na rota da degradação. Por mais elástica que seja a tolerância popular, a anistia a Lula chegou ao limite.
Geraldo Alckmin não é figura de empolgar. O candidato que se fez porta-voz do "Brasil decente" precisou depender de uma montanha de dinheiro na campanha adversária para comover o eleitor de que mereceria passar ao segundo turno. Chegou lá pelas mãos (sujas) do PT.
Cercado de velhas raposas do mandonismo conservador, o bom moço da direita promete pôr ordem no galinheiro. Lembra um pouco aqueles personagens da obra rodrigueana, que abafam um poço de perversões sob a superfície da moral castiça e dos bons costumes.
A candidatura Alckmin vem contemplar, mais do que uma demanda ética, o moralismo tacanho de uma classe média que mistura sua justa indignação contra a corrupção com o preconceito inexpugnável em relação ao operário que ascendeu ao topo da República. O governo Lula deu pretextos para o "liberou geral" que os adversários incubavam.
Ilusão imaginar que a disputa agora plebiscitária irá jogar luz sobre problemas e soluções para o país. A divisão dicotômica entre o bem e o mal será radicalizada. A pauta é a do "pega ladrão!" contra "golpistas não passarão!".

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Do mais confesso que apesar de estar insatisfeito com mais 4 anos de PSDB no governo estadual, há um consolo. Ao que tudo indica, os dois secretários mais bizarros do Governo Alckmin, sr. auto-ajuda Chalita e o sr. "sabem com quem está falando?" de Castro Abreu serão defenestrados (tomara que não seja para Brasília, porque se for, eu antecipo para 2007 minha mudança para o Camboja).

Agora com uma bancada na Ass. Legislativa maior de PSDB e PFL, qual deverá ser o número de CPIs arquivadas nos próximos 4 anos? Alguém arrisca um palpite?



3 Comments:

At terça-feira, outubro 03, 2006, Blogger Daniel Boa Nova said...

Cara,

vai ano e vem ano e vc continua escutando esse Ottis Redding.



Caverão vai te pegar, rapá!

 
At terça-feira, outubro 03, 2006, Blogger Desconjumina said...

o pior não é isso,
o pior é o livro da mossad que não consigo acabar.
ou eu acabo com esse livro, ou senão pode ser que eu desapareça repentinamente mundão de Deus em um acidente misteriorso

 
At terça-feira, outubro 03, 2006, Anonymous Anônimo said...

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